Mensagens

Oficina de Papagaios

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  Na Biblioteca da Escola das Laranjeiras, no dia 20 de março pelas 16h 30, teve lugar uma oficina de papagaios de papel, orientada  por Margarida Rolo, promovida pela Associação ALÉM  no âmbito do Projeto Semear Tesouros             Estiveram presentes professoras do ensino básico do Agrupamento de Escolas das Laranjeiras  que alegremente, aceitaram o desafio de construírem papagaios de papel, com materiais reciclados.                                                       As mãos Com mãos se faz a paz se faz a guerra. Com mãos tudo se faz e se desfaz. Com mãos se faz o poema – e são de terra. Com mãos se faz a guerra – e são a paz. Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra. Não são de pedras estas casas mas de mãos. E estão no fruto e na palavra as mãos que são o canto e são as armas. E cravam-se no Tempo como farpas as mãos que vês nas coisas transformadas. Folhas que vão no vento: verdes harpas. De mãos é cada flor cada cidade. Ninguém pode vencer estas espadas: nas tuas mãos começ

Brinquedos

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Os Putos

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                                           Os Putos                         Uma bola de pano, num charco                 Um sorriso traquina, um chuto                 Na ladeira a correr, um arco                 O céu no olhar, dum puto                 Uma fisga que atira a esperança                 Um pardal de calções, astuto                 E a força de ser criança                 Contra a força dum chui, que é bruto                 Parecem bandos de pardais à solta                 Os putos, os putos                 São como índios, capitães da malta                 Os putos, os putos                 Mas quando a tarde cai                 Vai-se a revolta                 Sentam-se ao colo do pai                 É a ternura que volta                 E ouvem-no a falar do homem novo                 São os putos deste povo                 A aprenderem a ser homens                 As caricas brilhando na mão                 A vontade que salta ao eixo                 Um puto que diz qu

Zeca Afonso - Grândola, Vila Morena

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              Grândola, Vila Morena                    Grândola, Vila Morena Terra da fraternidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti, ó cidade Dentro de ti, ó cidade O povo é quem mais ordena Terra da fraternidade Grândola, Vila Morena Em cada esquina, um amigo Em cada rosto, igualdade Grândola, Vila Morena Terra da fraternidade Terra da fraternidade Grândola, Vila Morena Em cada rosto, igualdade O povo é quem mais ordena À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade Jurei ter por companheira Grândola, a tua vontade Grândola, a tua vontade Jurei ter por companheira À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade                                             José Afonso  Adicionar à playlist Tamanho A A Cifra Imprimir Corrigir

Sérgio Godinho - Liberdade (ao vivo)

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Pedro Barroso - "Cantarei"

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Cantarei Vivi povo e multidão sofri ventos sofri mares passei sede e solidão muitos lugares sofri países sem jeito p´r´ó meu jeito de cantar mordi penas no meu peito e ouvi braços a gritar e depois vivi o tempo em que o tempo não chegava para se dizer o tanto que há tanto tempo se calava vivi explosões de alegria fiz-me andarilho a cantar cantei noite cantei dia canções do meu inventar cantarei cantarei à chuva ao sol ao vento ao mar seara em movimento ondulante, sem parar Hoje resta-me este braço de guitarra portuguesa que nunca perde o seu espaço e a sua beleza hoje restam-me os abraços nesta pátria viajada dos que moram mesmo longe a tantos dias de jornada dos que fazem Portugal no trabalho dia a dia e me dão alma e razão nesta porfia por isso invento caminhos mais cantigas viajantes e sinto música nos dedos com a mesma força de antes cantarei cantarei à chuva ao sol ao vento ao mar seara em movimento ondulante, sem parar                                              Pedro Barroso

Quando eu for grande (carta aos meus netos) - José Mário Branco e Gamboz...

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                                                                                                                José Mário Branco  https://youtu.be/hkBchjktpMY?si=o4lJ0gR8OWWTChxD Quando eu for grande  Quando eu for grande quero ser Um bichinho pequenino Quando eu for grande quero ser Um bichinho pequenino P'ra me poder aquecer Na mão de qualquer menino (P'ra me poder aquecer) (Na mão de qualquer menino) Quando eu for grande quero ser Mais pequeno que uma noz Quando eu for grande quero ser Mais pequeno que uma noz P'ra tudo o que eu sou caber Na mão de qualquer de vós (P'ra tudo o que eu sou caber) Na mão de qualquer de vós Quando eu for grande quero ser Uma laje de granito Quando eu for grande quero ser Uma laje de granito Tudo em mim se pode erguer Quando me pisam não grito (Tudo em mim se pode erguer) (Quando me pisam não grito) Quando eu for grande quero ser Uma pedra do asfalto Quando eu for grande quero ser Uma pedrinha do asfalto O que lá estou a fazer Só se nota

Vitorino - "Balada das vinte meninas" do disco "Cantigas de ida e volta"...

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                                                                              Andorinha  Vinte meninas  Vinte meninas, não mais, Eu via ali no beiral: Tinham cabecinha preta E branquinho o avental. Vinte meninas, não mais, Eu via naquele muro: Tinham cabecinha preta, Vestidinho azul escuro. As minhas vinte meninas, Capinhas dizendo adeus, Chegaram na Primavera E acenaram lá dos céus. As minhas vinte meninas Dormiam quentes num ninho Feito de amor e de terra, Feito de lama e carinho. As minhas vinte meninas Para o almoço e o jantar Tinham coisas pequeninas, Que apanhavam pelo ar. Já passou a Primavera Suas horas pequeninas: E houve um milagre nos ninhos. Pois foram mães, as meninas! Eram ovos redondinhos Que apetecia beijar: Ovos que continham vidas E asinhas para voar. Já não são vinte meninas Que a luz do Sol acalenta. São muitas mais! muitas mais! Não são vinte, são oitenta! Depois oitenta meninas Eu via ali no beiral: Tinham cabecinha preta E branquinho o avental. Mas as oitenta me

Paulo de Carvalho - Os meninos de Huambo

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DA GUERRA À LIBERDADE Gravura de Vhils  do livro "25 de abril 1974 5ª feira " OS MENINOS DE HUAMBO Com fios feitos de lágrimas passadas Os meninos de Huambo fazem alegria Constroem sonhos com os mais velhos de mãos dadas E no céu descobrem estrelas de magia Com os lábios de dizer nova poesia Soletram as estrelas como letras E vão juntando no céu como pedrinhas Estrelas letras para fazer novas palavras Os meninos à volta da fogueira Vão aprender coisas de sonho e de verdade Vão aprender como se ganha uma bandeira Vão saber o que custou a liberdade Com os sorrisos mais lindos do planalto Fazem continhas engraçadas de somar Somam beijos com flores e com suor E subtraem manhã cedo por luar Dividem a chuva miudinha pelo milho Multiplicam o vento pelo mar Soltam ao céu as estrelas já escritas Constelações que brilham sempre sem parar Os meninos à volta da fogueira Vão aprender coisas de sonho e de verdade Vão aprender como se ganha uma bandeira Vão saber o que custou a liberdade Pa

Pó de estrelas

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        Pó de Estrelas       Somos feitos     da mesma matéria      que as estrelas      e os amores-perfeitos     Somos feitos      de pó de estrelas                                                   Jorge Sousa Braga                                                                                           "Estrelas" pintura de Miró                Mizaar                Há dentro de ti uma estrela               Porque não a deixas brilhar?               Não receies cegar os outros                Nem que estes te possam cegar                Há dentro de ti uma estrela               Mesmo que a luz seja fria                Brilha tanto como as outras                E brilha de noite e de dia                                                                             Jorge Sousa Braga                                                                              Via Láctea 

Os Índios da Meia-Praia

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Canções do nosso saudoso Zéca! https://youtu.be/xqrX4MmH9Og?feature=shared

Memória pelas vítimas do HOLOCAUSTO

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  “Primeiro, roubaram os seus nomes, depois as suas vidas. Nenhum cemitério, nenhuma lápide, nenhum vestígio permanece. Os seis milhões de crianças, homens e mulheres judeus estão perdidos para sempre. Mas a sua memória — e os seus nomes —   nunca serão esquecidos “, advogou o líder das Nações Unidas. Para Guterres, esta exposição é um apelo à ação e à lembrança: “cerca de um milhão de vítimas permanecem não identificadas e estamos a correr contra o tempo”. Nesse sentido, o ex-primeiro-ministro português afirmou ser necessário encontrar-se novas maneiras de levar adiante “a tocha da lembrança”, quer dentro das famílias, quer dentro das salas de aula, em todas as geografias e por gerações. “Esta exposição é um apelo a todos nós. O nosso mundo hoje não é imune ao veneno do ódio — o ódio que diz que outra pessoa é menos do que meu igual, menos que humano. Juntos, vamos conter a onda de crueldade humana e lutar contra o antissemitismo e todas as formas de racismo onde quer que se manifeste

Procuram-se sorrisos

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                                                                                             ilustração Paulo Galindro Procuram-se sorrisos  de vários tamanhos, de várias cores,  de vários sonhos, de vários amores. Podem ser doces como o mel  passar por nós e arrepiar a pele  ou rasgados mas de um  bom papel.  Podem surgir de coceguinhas  ou de um ou outro beijinho  nascer de abraços e miminho.  Podem até semear gargalhadas  das estrelas para as almofadas...  Gosto dos que nos fazem corar  ou nas nuvens fazer andar.  Gosto dos pintados de chocolate  dos que escondem um bom  disparate.  E quando os olhares prendem ...  até os animais entendem!  Mas os que prefiro mesmo… são os contagiantes  ora aqui, ora viajantes  e dos que guardamos no coração  que dão coragem, são inspiração  feitos de histórias, de saudade de conquistas e cumplicidade.                                                                                            Clara Capitão                                             

CLÃ * | Asas Delta

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Letra: Regina Guimarães   Música: Hélder Gonçalves  Vocalista dos CLÃ: Manuela Azevedo Asas Delta                      Hei, tenho asas nos pés                      tenho asas                      Hei tenho molas nos pés                      e salto                      Sinto um formigueiro                      nas mãos e nos braços                      passarinhos na cabeça                      Cata - vento nos ouvidos                      mil antenas nos cabelos                      Quem me leva tenho pressa                      Pé de cabra, pé de dança                      Dançar por gosto não cansa                      Não vou só, levo o meu bando                      a dansa nos vai juntando                      Hei, tenho asas nos pés                      tenho asas                      Hei tenho molas nos pés                      e salto                      Se me pesa o traseiro                      levanto o meu nariz                      perco o medo e a vergonha