O cantar da Tila
Concerto
As cigarras abrem livres, sobre as flores,
Os seus caderninhos de poetas;
E as formigas carregadas de embrulhos, silenciosas ,
Metem-se pela terra húmida
Vindas da cooperativa das formigas trabalhadoras.
Tudo isto sem fábulas, sem fome, sem lições de moral.
Noite: dá-me um dedo de cristal muito fino
Para tocar este concerto no pianinho das minhas bonecas!
Matilde Rosa Araújo
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